Jess Carter, zagueira da seleção feminia da Inglaterra, foi vítima de racismo nas redes sociais durante a Eurocopa Feminina. Gianni Infantino, presidente da FIFA, condenou os ataques e informou que a entidade se compromete a colaborar com as investigações.
“Através do nosso Serviço de Proteção de Mídias Sociais da FIFA, temos ajudado a combater esse tipo de abuso em diversos torneios. Continuaremos a colaborar e a apoiar as confederações e suas jogadoras. Neste caso, oferecemos nosso apoio para qualquer ação adicional necessária, bem como compartilharemos dados para que as medidas apropriadas sejam tomadas contra quaisquer agressores”, declarou Infantino.
O presidente da FIFA também reforçou que não deve haver espaço para o racismo no futebol e manifestou apoio à jogadora:
“Estou profundamente triste com o abuso online direcionado à inglesa Jess Carter durante o atual torneio da Euro Feminina. Não há lugar para racismo no futebol ou na sociedade. Estamos com Jess. Estamos com cada jogadora e cada indivíduo que sofreu abuso racista. Nenhuma jogadora deve ser discriminada de forma alguma; elas devem ter a liberdade de dar o seu melhor em campo.”
Entenda o caso
A zagueira inglesa Jess Carter anunciou, no domingo (20), que se afastaria das redes sociais durante a Eurocopa, devido aos ataques racistas que vem recebendo desde o início da competição.
Em sua última postagem, Carter descreveu a decisão como uma medida de autoproteção:
“Embora cada torcedor tenha direito à sua opinião sobre desempenho e resultado, não concordo nem acho que seja aceitável atacar a aparência ou a raça de alguém”, escreveu Carter, que é negra, em uma declaração no Instagram. “Estou tomando essa medida para me proteger e tentar manter meu foco em ajudar o time da melhor maneira que puder.”
Partida desta terça-feira
Inglaterra e Itália se enfrentam nesta terça-feira (22), às 16h (horário de Brasília), pela semifinal da Eurocopa Feminina.
Após os ataques sofridos por Jess Carter, as jogadoras da seleção inglesa optaram por não se ajoelhar em campo antes do início da partida — gesto tradicional de protesto contra o racismo.
Durante entrevista coletiva, a lateral Lucy Bronze explicou a decisão do grupo:
“A mensagem está realmente impactante? Porque, para nós, parece que não, se essas coisas ainda acontecem com nossas jogadoras nos maiores torneios e em suas vidas.”