O Flamengo Feminino teve sua primeira formação em 1995, ainda em um cenário nacional em que o futebol de mulheres enfrentava grande resistência. Apesar da iniciativa pioneira, o projeto esbarrou em obstáculos recorrentes, como a falta de investimento, visibilidade e apoio institucional. Na época, o Futebol Feminino era negligenciado, e o Flamengo enfrentou paralisações e abandono, como muitas equipes da época.
O ponto de virada ocorreu em 2015, com a parceria firmada com a Marinha do Brasil. Com gestão do presidente à época, Eduardo Bandeira de Melo, o rubro-negro investiu em estrutura e foi campeão carioca e Brasileiro – primeiro fora de São Paulo a conquistar título nacional. Em 2018, o time conquistou ainda mais um título estadual.
Brasil supera estreia difícil e precisa melhorar na Copa América Feminina
Elas na arquibancada: as mulheres da Força Jovem do Vasco
O clube hoje integra a base Sub-20, com jogadoras como Kaylane Vieira, Emilly, Leane e Sofia, sendo convocadas para treinamentos da Seleção Brasileira, reação direta de um projeto “craque o Flamengo faz em casa”. Ao mesmo tempo, há atenção ao fluxo de patrocínios e a presença crescente do time feminino nas plataformas oficiais.
No entanto, o clube ainda deve lutar muito para que o espaço para as atletas seja cada vez mais crescente. Assim, será possível sonhar com salários mais igualitários e fornecer as melhores condições não só de treinamento, mas de respeito e qualificação para as jogadoras.